domingo, 15 de fevereiro de 2009

Batalhão de Bacamarteiros: A Força da Cultura Popular

















Por volta de 1780, surgiu um grupo no qual os negros dos Engenhos de cana-de-açúcar do Vale do Cotinguiba brincavam samba-de-roda e atiravam com uma arma artesanal conhecida como Bacamarte. Atualmente o Batalhão de Bacamarteiros possui 60 integrantes, entre homens, mulheres e crianças. Os instrumentos musicais são fabricados com a madeira do jenipapo, couro de animais e sementes.


Para fabricar a pólvora, é utilizado o carvão produzido à partir da umbaúba, cachaça e enxofre. Durante os festejos juninos acontece o ritual do Pisa Pólvora, para comemorar os Santos do mês. A musicalidade e a o ritmo contagiante encantam todos que assistem as apresentações do grupo pelo país.


O Batalhão de Bacamarteiros exibe a riqueza da cultura africana disseminada por nossa região e é uma marca inconfundível da cultura de Carmópolis. Atualmente o Batalhão se apresenta nas festas juninas embelezando nosso um município com o colorido das roupas com o barulho dos tiros e a graciosidade da dança e dos repentes. Nas ruas, o colorido especial das bandeirinhas, balões e fogueiras enfeitaram a cidade.
As famílias se empenharam na decoração para participarem do concurso da rua mais arrumada, que teve como grande vencedora a Rua Luis Maciel Brito.


O Batalhão de Bacamarteiros, maior manifestação cultural do município, deu um show durante o percurso que liga o povoado Aguada a Carmópolis, e o desfile continuou pelas ruas do município, chegando ao Arraiá do Carmo com muito forró pé-de-serra, encerrando as festividades com chave de ouro.


Ana Paula Torres Santana
Fernanda Mara Nascimento Pereira Lima
Josefa dos Santos
Kátia Santana Martins

Feira do São Conrado do Orlando Dantas














Pautaremos nesta pesquisa questões salientes a feira-livre do bairro Orlando Dantas, onde não encontramos apenas produtos agrícolas, mas também uma diversidade de mercadorias como: roupas, calçados, eletroeletrônicos, bijuterias, entre outros.

E é nessa gama de mercadorias que faz da feira um local único e de importante análise comercial, pois a obtenção de produtos, a sua comercialização e o consumo dos mesmos, representa todo um ciclo produtivo.









Esta feira foi fundada há cerca de 20 anos, como foi citado pelos feirantes, funcionando assim duas vezes por semana, ou seja, às quartas-feiras e aos domingos, antigamente esta feira era realizada em áreas abertas ocupando vários quarteirões do bairro.






Hoje a feira foi dividida e é realizada aos domingos em 2 (dois) locais, uma no Orlando Dantas e a outra no São Conrado, já as quartas- feira ela ainda segue a tradição, funcionando entre as ruas do Bairro. É imprescindível frisar que, feira no dialeto português significa um lugar público não raro, descoberto, onde se expõe e vendem mercadorias



Entrevistas

João Resende: vendedor de ganhamum e caranguejo trabalham a 16 anos na feira do Orlando Dantas, é aposentado, natural de Frei Paulo, trabalha sozinho na feira, possui carro particular, compra os produtos em Brejo Grande.


D. Neuza: trabalha na antiga feira há 8 anos, e no mercado há 9 meses, os produtos que comercializa são comprados, toda a família ajuda a vender na feira trabalha em 4 feiras .

D. Marlene: trabalha na feira há 17 anos, está alojada no mercado há 9 meses. Trabalha em 4 feiras como Santa Lúcia as quartas a tarde, Sol Nascente as sextas Santo Antonio aos sábados e no Orlando aos Domingos. Trabalha em casa também costurando lençóis de pedaço de pano. É natural de Malhador onde reside sua filha é de origem do campo.


D. Jussara: natural de Areia Branca Povoado junco, vendedora de bejú há 18 anos ela mesma produz, comprando apenas a matéria prima, trabalha na feira a 4 anos antes ela produzia e o esposo vendia em Maruim, hoje vende na feira do Orlando Dantas.

Antônio José da Silva: vendedor de bejú,trabalha há 20 anos, foi “fundador” da feira, trabalhou há 19 anos na antiga ele quem produz seu produto compra apenas o côco e o açúcar natural de Sergipe.


D. Marizete: vendedora de alho e condimentos, trabalha na feira as quartas e domingos, os produtos que comercializa são comprados, trabalha há 9 meses com a filha, tem a feira como sua única fonte de renda, moradora do bairro traz sua mercadoria no carro de Mao, não recebe ajuda de nenhum órgão público. Paga uma taxa de R$ 7,00, para o “aluguel” da banca.


Adilson Barbosa dos Santos: vendedor de melancias trabalha na feira, sozinho, há 12 anos, compra seus produtos para revender, transporte particular, paga uma taxa de R$ 7,00 pela banca não recebe nenhum apoio dos órgãos públicos.


Carlos (galego): vendedor de inhame, banana, aipim e maracujá, trabalha em 4 feiras Sol nascente as sexta, batistão as terças, sábados no Grageru, escola técnica as quartas e São Conrado aos domingos, compra seus produtos pra revender onde tem origem do campo.